Exibições Especiais

Exibições Especiais

Audiodescrição da imagem: Card colorido na horizontal com a montagem de três cenas de filmes. Em cima, em preto e branco, dois homens e uma mulher se entreolham e sorriem. Um deles segura um microfone próximo ao rosto do outro. No meio, um de frente para o outro, a mulher, contorna com uma caneta marcador, a sombra do homem que está projetada na parede. Em baixo, um cenário de caos, uma rua deserta, cheia de destroços e fumaça, um homem atrás de um painel, usa capacete amarelo, mascara de gás e roupa preta. Sobre a imagem em rosa claro, um traço fino, traça uma moldura, no canto inferior esquerdo: “ Exibições especiais”. No canto superior direito, a logo do Festival Olhar de Cinema.

Este ano, a mostra Exibições Especiais continua com um recorte reduzido, mas muito potente. Sempre contando com filmes de grandes mestres do cinema e buscando a (re)descoberta de títulos, a mostra privilegia o cinema nacional a partir de dois longas-metragens brasileiros e expande os horizontes com um honconguês inédito no Brasil. 

Capitu e o Capítulo”, traz o olhar de Júlio Bressane sobre o romance Dom Casmurro, com Mariana Ximenes, Enrique Diaz​, Vladimir Brichta​, ​Djin Sganzerla e grande elenco;  “O Bom Cinema”, dirigido por Eugênio Puppo se propõe a contar a história do surgimento do Cinema Marginal, também conhecido como Cinema Pós-Novo e o, ainda inédito no Brasil e “Por Trás da Muralha de Tijolos Vermelhos”, realizado por um coletivo anônimo conhecido como Documentaristas de Hong Kong, traz um poderoso relato sobre os protestos pró-democracia que aconteceram em novembro de 2019 na Universidade Politécnica de Hong Kong.

CAPITU E O CAPÍTULO
/ CAPITU E O CAPÍTULO
Júlio Bressane | Brasil, 2021, 75’
Se os vermes não sabem nada sobre os textos que roem, Julio Bressane tem intimidade com os seus sabores e faz da obra de Machado de Assis uma companheira inesgotável. Não se trata, como podem sugerir os primeiros respiros, de uma adaptação de “Dom Casmurro”, mas de uma dança ensaística ritmada por uma singularidade de estilo: a brevidade de capítulos que expandem a figura do narrador e apresentam, na personalidade incisiva de Capitu e nas respostas titubeantes de Bentinho, uma redefinição dos duos habituais da filmografia do eterno abre-alas do cinema de invenção. (Leonardo Bomfim)

O BOM CINEMA
/ O BOM CINEMA
Eugenio Puppo | Brasil, 2021, 82’
Há mais de uma década atuando na contramão da política de apagamento que incendeia e assombra a memória do cinema nacional, Eugênio Puppo revisita a formação de uma das mais notórias gerações de cineastas do país, explorando a estreita e inusitada relação entre uma encíclica papal e o surgimento do Cinema Marginal. Composto por um conjunto valioso de imagens de arquivo, o filme se torna uma verdadeira cápsula do tempo, capaz de fazer ecoar no presente (em um aceno direto para o futuro) as provocativas vozes e imagens de Reichenbach, Sganzerla, Mojica e tantos outros. (Camila Macedo)

POR TRÁS DA MURALHA DE TIJOLOS VERMELHOS
/ 理大圍城
Hong Kong Documentary Filmmakers | Hong Kong, 2020, 88’
Novembro de 2019: depois de seis meses de protestos nas ruas contra novas leis restritivas de liberdades, estudantes de Hong Kong ocupam a universidade politécnica. Durante quatorze dias, vivem ali cercados e isolados pela polícia, no que aos poucos vai quase se transformando em uma prisão. Um filme realizado por cineastas que não se identificam individualmente, focado num grupo de personagens onde o coletivo fala mais alto, numa história que se constrói enquanto é vivida. O cinema como necessidade absoluta de expressão e registro do seu tempo, exibido em todas as suas contradições e incertezas. (Eduardo Valente)

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